Foto de Willians Valente
Olho prum lado, olho pro outro e encaro você, pode contar dois dias ou cinco mil anos. Essa corrente presa aos pés com que me arrasto vagando pelos trilhos do metrô, a mercê do vento que sopra do túnel e enche os meus pulmões.
Guardas, guardas. Um anel ficou na Lusitânia, quer dizer, passas e figos abocanhados às pressas no canal de la mancha de sangre, o estômago vazio preenchido assim, meu jardim tropical demarcado, a história adelante, cara, eu fiquei só.