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terça-feira, 8 de março de 2011

(6) A Roda da Fortuna

















O desejo de voltar atrás, mas não há nada que se possa fazer: estou bem, relendo os meus pensamentos gravados na pedra: um hábito antigo de meus ancestrais, escreviam tudo na pedra e no couro dos animais. Mas escreviam pouco, maior era o desejo de reprodução da prole, e de matar, ah, espero que esses desejos sobrevivam a minha herança sertaneja, sem esperança alguma de fortuna, as pedras rachando ao sol desértico, o capim seco do pasto, os bichos morrendo, e as palavras, as minhas palavras, é tudo o que tenho.

(5) Cerveja e Morango
















De volta ao espaço lúdico de um dos meus sete corpos, à atmosfera musical dessa minha criatura e aos devaneios em si, quer dizer, à Literatura! Nada mais justo depois de tanto derrame de sangue... Agora os anjos do Senhor derramam sobre o meu rosto filtro de puro amor solar, e o brilho das estrelas. O diabo se irrita e rodopia tanto que dá pena, minha pele recupera o vigor, cicatrizes desaparecem, o calombo, as coisas ganham outro sabor, como sabor de cerveja e morango.