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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O Valor da Conquista


Custe o que custar
O tempo que for necessário
Os presentes que vou te dar
Custe um desejo ainda de ser feliz, de amar e ser amado
Custe esses dias de repouso e tranquilidade
E de esforço também, suando, fazendo ginástica
No asfalto, rodando com meu carro, trabalhando, custe o que custar
Seu sorriso caloroso, o pescoço reto
Seu cabelo rente
Sua juventude graciosa um pouquinho maldosa
Elegante, correto e cheio de vida
Pois então, custe uma fábula: quero isso pra mim
Pra mim não, pros dois, vivendo esses dias de glória
E vitória e liberdade: conquista
discípulos?














Quantas vezes me vi nesta situação. De terror, do medo de não conseguir voltar pra casa, de se desesperar ao saber que estava lá embora não lembrasse; agonia de viver sozinho à sombra de si mesmo, por tanto tempo já. "Procura-se um discípulo", sim, procuro um, que saiba ler e escrever, eu faço o resto; uma criança que queira se transformar num homem culto e gentil, com idéias para ganhar o mundo. Quantas vezes me sentindo assim um trapo, depois de ingerir muitos copos de cerveja e alguma vodca, e cigarros, muitos, o sabadão; isto se chama ressaca. Péssimo, certo tesão recolhido e a lembrança do meu candidato; é, pois é, eu tenho um candidato, só não lembro o que falei pra ele no sábado (ontem), bêbado, ao telefone...
Eduarda escreve o nome...








Lucas e Dedé














O mar avança, finalmente, à praia
Os meninos brincam na areia
Mamãe dorme no quarto
Faço fotos da galerinha na areia molhada da beira mar
"Não tô mais com vontade de brincar", diz Eduarda que morre de medo de esperança
Esperança, o gafanhoto
"Esperança dá sorte, Esmeralda"
"Eu sei, meu pai me disse"
"O sol está a pino", queixa-se o Dedé
Os meninos se queimando, construindo castelos e cavando fossos na areia
Enterrando Mamá na areia
O barquinho atracado, a maré chegando
Os pescadores voltaram com peixe
Nossa, Alagoas é tão grande!
Saudade e surpresa misturam-se num único sentimento
Sentimento de propriedade
Isto aqui, ioiô, é meu (e seu também)
Foto by Neubson, no bar do Nego, no Caxangá




Vento sopra na praia
Japaratinga doce esquecida
Vou botar um portão na casa
E viver por aqui um tempo
Barreiras do Boqueirão, Bitingui
Sinal dos tempos, comer lagosta ao suco de abacaxi
Camarão, polvo
Cigarros ao vento pra alimentar o vício
O ar puro nos relevos japaratinguenses
Extensivo ao Manguaba, a travessia de balsa, Porto de Pedras
Passeio pelo rio até Porto Calvo...
Vida boa nas Alagoas
Urupema revista, underground; Natureza; História
Lendas dos canaviais
E os primeiros homens da terra
A pesca de carangueijos nos manguezais
E pirão e cerveja no bar do Nego, no Caxangá
Cantinho do amor
Volto ao mar seco, lá longe nos arrecifes
Maré rasa, o sol chegando forte
Mais tarde um banho de sal pra limpar o corpo das intempéries de areia
Areia no meu caminhãozinho
Areia no assento do carro, melhor, agora, ficar só
Sozinho em Japaratinga

Manguaça
















Porque estou vivendo e comendo, sobrevivendo
Não significa que deixei de te amar
Que não quero mais te beijar
E te dar amor e fazer carinho

Oh, está chovendo na minha horta
E eu nem sei o que fazer, ah, deixe estar
Finalmente, novamente, postando no blog, fragmentos da hora, dos dias recentes...







O pão nosso de cada dia nos dai hoje
Assim ele orou, ao fim do dia, agradecido a deus
Independentemente dos desacertos do dia e outras dificuldades
"O pão nosso", para ele estava tudo bem, estava sim
Ele estava quase alegre, entre a realidade cotidiana
E o imponderável dos últimos meses, então, hoje, ele agradeceu ao deus
Pelo pão que comeu, embora sentisse calafrios ali