sexta-feira, 20 de março de 2009
Way of Life
Cassiano (batera), Sebage e Agata, e Ricardo (guitarra), +jesuítas+ no Orbital, SP, 2001, foto de Vidal Cavalcante
Modo de vida
Acontece todos os dias
Não há nada a fazer sobre isso
A não ser pegar a estrada novamente
Graças a deus
Graças a deus eu tenho pernas
Dinheiro e o que me resta de saúde
Não é pouco
Queira deus viva ainda um bocado de anos
Décadas, farei de você a mulher mais feliz do mundo
É o erro habitual, não acreditar no amor
Não acreditar na força do amor
Mas quem aguenta? É tão difícil esquecer o passado
Cada uma das piadas de mau gosto
Cada palavra maldita, os gestos indecentes
Impossível não pecar e perdoar
E é difícil amar você
Amar esquecendo de si mesmo
Só não vou deixar você me matar
Bomba-Relógio
Meditation
Foto de Cláudio Pedroso
Esvaziado como o túmulo de gesso em que se enfiara na tentativa de superar os últimos acontecimentos. Livrava-se dos pensamentos (e do sofrimento e das alegrias), absorvendo o pó gelado grudado em sua pele. Aquilo precisava ter um fim, essa equação de pele e sentidos... Deitado ali no mármore frio da cripta, já não pensava, pudesse tornar-se um sacerdote, xamã oculto: mais bruxaria, menos sexo... Toda essa perseguição e caça noturna, vesperais, matinais, ele enfim meditava no vazio, nunca fiz isso, mas será que é bom, será que dá certo?
Cerveja e Morango
A feira de Porto Calvo segundo Albert Eckhout (1610-1666)
De volta ao espaço lúdico de um dos meus sete corpos, à atmosfera musical desse corpo e aos devaneios em si, quer dizer, à Literatura! Nada mais justo depois de todo esse derrame de sangue... Agora os anjos do Senhor derramam sobre o meu rosto filtro de puro amor solar, e o brilho das estrelas. O diabo rodopia e se irrita tanto que até dá pena, minha pele recupera o vigor, cicatrizes desaparecem, o calombo, as coisas ganham outro sabor, como sabor de cerveja e morango.
Meu Naipe
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