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segunda-feira, 19 de outubro de 2009
















O amor – “sexo”, dissesse Rimbaud – é fundamental. Então não procure aqui alquimia pra salvação da pátria ou – como queria o Augusto Boal – o ensaio da Revolução. Nada disso, compromisso unicamente com a terra (a carne) e o céu (espírito). Se há mesmo um compromisso, ele acontece com a carne e o espírito, ou com a terra e o céu. Estamos todos envolvidos nisso, mas o homem – eu, você – está sozinho...

Pindorama Brasil

Gravitat
Pulsilânime
Mortífera
De vera
Realitat

A terra é espírito condensado ao ponto da matéria. Eu tento imitar Mário de Andrade, Rimbaud, Santo Agostinho – e Patti Smith, Clarice Lispector, João Silvério Trevisan na obra infalível “Devassos no Paraíso”. Imito Roberto Carlos, Arnaldo Baptista, Domingo Fernandes Calabar, faço lá as minhas orações e finalmente largo mão do Materialismo, os ídolos: Virgem Maria e o irascível Thomas Carlyle, pra citar apenas dois que o Melody Maker e o comunista Enver Hoxha não conseguiram eliminar. Texto cifrado pro leitor não iniciado: não entrego de mãos beijadas as sete chaves do meu tesouro – uma ou duas eu entrego, três ou, quando muito, quatro. É o fim da arte moderna, isso é óbvio.

2 comentários:

Roberto Pires disse...

Ah, se eu pudesse voltar atrás... Sinto q poderia ter feito tanta coisa a meu favor. Mas me traí. Me deixei levar pelo canto da quimera. Há coisas q ainda podem ser consertadas. Outras se foram de vez, viraram pó. Eu poderia ter amado mais, a mim mesmo inclusive. Poderia ter viajado mais. Estudado mais. O mundo não perdoa os q titubeiam. Tampouco os q se iludem com a pureza de versos poéticos. Hoje estou um tanto triste. Arrependido não digo, mas um pouco desesperançado. O entorno me oprime. Colho nas suas palavras, vero amigo, profundidade vital e vc me estimula a sentir... Mesmo q dores despontem nesses sentimentos. Adoro ver suas fotos, me passam verdade e emoção. Saudades, Jorgélico, sempre. Apareça, sinto falta de nossas compreensões e dos nossos desentendimentos. Paz e luz. Abr forte. RPires

Anônimo disse...

Porque tudo que vive é sagrado.

W. Blake