segunda-feira, 23 de março de 2009
Surpresas do Casamento
Com Luiza e Agata, foto de Cláudio Pedroso
Tudo bem, já passei por isso antes, não faz mal, a vida continua: eu não estou bem, amanhã vou estar melhor. Acordo cedo, o sol meio frio lá pelas seis: levo um papo com ele, com o sol, uma amolação, imolação ao deus.
– Amon-Rá, estou mais vivo do que jamais estive, e não estou nem aí pra morte, foi uma loucura – adoro-o, de joelhos.
– O que deu em você, meu doce amigo? – perguntar-me-á belo, gélido, um sol da hora bem intrigado.
– Sei lá, não sei, o que me deu? Dizes tu.
Esqueci que devias estar aqui quando eu acordasse, assim como ontem, como sempre. Tentei lembrar a letra daquela canção, “sei lá não sei, sei lá não sei não”.
– Ó envolvente e úmido sol matinal, por favor, me dizes, o que me deu?
– Não sei, sei lá, o que havia de dar errado, meu anjo? – insistirá meu amado deus brilhante e ardente... Lembrei do meu amor esquecido, ele havia sumido, mas afinal, era você um amor?
– Ai, quantas perguntas, elas não cabem a mim? Não sou eu o consulente? Estou cansado e revoltado: é por tua causa!
Eu me consumia, arrebatado pela magnífica maravilhosa estrela solar, também eu me sentindo maravilhoso, jesus, uma doce lembrança do futuro. A campainha tocou, era você na porta.
– Querido, vim-lhe ver, estava morrendo de saudade.
Deus, o que há de errado comigo?
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