sábado, 31 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
A Maré (E a Morte! O Amor...)
1
Foi pura sorte. E esse consorte
“Realista”
Tanto faz – sou um homem honrado
(Pois não ficou apaixonado?) Justo
2
Meu amor do tipo múltiplo – E índio
(Asteca!) – E unilateral...
Mais solidário impossível
E, claro, eu adoro – Cerebral
“Amor, Palavra Prostituta” (1)
3
Eu discuto, discuto mesmo
– Persigo, oras
Podia ter comprado (boto pra foder)
“O Amor é Fodido” (2)
4
Pertinho do inferno
É frio aqui, o meu resfriado
– Era mais frio com você
Pertinho do céu
Oh, e o diabo?
5
Inverno no hemisfério
As noites de Verão no Inverno...
Eu espero, “como se fora brincadeira de roda” (3)
– Okay, preciso dele por perto
Desculpe
Deserto
Preciso de você neste Inverno
(1) Maceió, 1983, império dos sentidos
(2) Lisboa, 1987, até hoje...
(3) Pura nostalgia, São Paulo, esta madrugada
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
O amor – “sexo”, dissesse Rimbaud – é fundamental. Então não procure aqui alquimia pra salvação da pátria ou – como queria o Augusto Boal – o ensaio da Revolução. Nada disso, compromisso unicamente com a terra (a carne) e o céu (espírito). Se há mesmo um compromisso, ele acontece com a carne e o espírito, ou com a terra e o céu. Estamos todos envolvidos nisso, mas o homem – eu, você – está sozinho...
Pindorama Brasil
Gravitat
Pulsilânime
Mortífera
De vera
Realitat
A terra é espírito condensado ao ponto da matéria. Eu tento imitar Mário de Andrade, Rimbaud, Santo Agostinho – e Patti Smith, Clarice Lispector, João Silvério Trevisan na obra infalível “Devassos no Paraíso”. Imito Roberto Carlos, Arnaldo Baptista, Domingo Fernandes Calabar, faço lá as minhas orações e finalmente largo mão do Materialismo, os ídolos: Virgem Maria e o irascível Thomas Carlyle, pra citar apenas dois que o Melody Maker e o comunista Enver Hoxha não conseguiram eliminar. Texto cifrado pro leitor não iniciado: não entrego de mãos beijadas as sete chaves do meu tesouro – uma ou duas eu entrego, três ou, quando muito, quatro. É o fim da arte moderna, isso é óbvio.
Danosa
Ziggy Soundz, na Lôca (SP), 2000
Sou uma pessoa perigosa
Difícil de lidar
Sou aquela figura que certas pessoas
Quando se deparam
Desviam o olhar
Sou assim, quase repulsivo
Como uma doença vulgar
Dengue, gripe suína, estafilococos
Sou mesmo de matar
Assombroso, cansativo
Mordaz
Incompreensível
Irracional, demente
Fatal
Sou quase uma aberração da Natureza
(Ao menos da natureza social)
Excluído e maldito
Desequilibrado
Quando você me olha assim, estranho
(Estranhando) Me sinto mal
Mas o que posso fazer com este meu ser
Lunático e imoral?
Okay, posso pedir perdão a Deus
E me regenerar
Eu faço isso por você, você quer?
Depois que descobri isso, de modo que eu pudesse ver a mim por inteiro, e eu estava vazio ali, então o que ia ver mesmo? Vinha pensando nisso, em como superar meus erros. Um dia chego lá. Mas tinha de chegar rápido – eu não aguentava mais aquilo. Vazio, estou descobrindo sim, coisas novas, novos milagres... A lei da superação, ponha-se de cabeça pra baixo e sacrifique tudo.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Alta
Graças a deus estou curado
Respondo pelos meus pulmões
A última temporada vomitando escarros
Foi péssima
Mas tudo está bem agora
O céu me contemplou outra vez
Minha saliva intragável
Virou puro mel
Vigor pleno
A gangrena no peito desapareceu
Completamente
Respondo pelos meus pulmões
A última temporada vomitando escarros
Foi péssima
Mas tudo está bem agora
O céu me contemplou outra vez
Minha saliva intragável
Virou puro mel
Vigor pleno
A gangrena no peito desapareceu
Completamente
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Poesia Mãe
III
Capa do CD "Trindade", Sampa 2003 (foto de Cláudio Pedroso, arte de Marco Ulgheri)
Um milagre aconteceu: fiz uma boa alquimia
(Preciso me desenvolver socialmente)
(Necessito de amor!) Poxa, mas
Que insistência... Não me culpe, eu quero assim: melhor, entende?
As coisas se fazem e se perfazem
(Amor) O milagre é abrangente! Descritivo, sutil
Justo (Belo emprego afinal)
(Kiss me) I love you!
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